O concelho de Setúbal atingiu os 240 casos de covid-19 por 100 mil habitantes e terá de regredir no desconfinamento caso a situação se mantenha duas semanas seguidas, revelou o município sadino.
“Setúbal já atingiu os 240 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, o que, na matriz da Direção-Geral da Saúde (DGS), indica a entrada em alerta vermelho”, refere a página oficial da Câmara de Setúbal numa rede social.
“Caso Setúbal permaneça duas semanas seguidas com números superiores a 240 casos por 100 mil habitantes terá de regredir no desconfinamento, tal como aconteceu na semana passada com Sesimbra, Lisboa e Albufeira”, acrescenta a autarquia, adiantando que “nas últimas 48 horas registaram-se mais 63 casos positivos com infeção por covid-19 no concelho de Setúbal”.
O nível de risco muito elevado de transmissibilidade da covid-19 identifica os concelhos que registem, pela segunda avaliação consecutiva, uma taxa de incidência superior a 240 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias (ou superior a 480 se forem concelhos de baixa densidade populacional).
Entre as regras para os concelhos de risco muito elevado estão: teletrabalho obrigatório quando as atividades o permitam; restaurantes, cafés e pastelarias podem funcionar até às 22:30 durante a semana e até às 15:30 ao fim de semana e feriados (no interior com o máximo de quatro pessoas por grupo e em esplanadas com o máximo de seis pessoas por grupo); espetáculos culturais até às 22:30; casamentos e batizados com 25% da lotação; comércio a retalho alimentar até às 21:00 durante a semana e até às 19:00 ao fim de semana e feriados e comércio a retalho não alimentar até às 21:00 durante a semana e até às 15:30 ao fim de semana e feriados.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.086 pessoas e foram confirmados 875.449 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.