Abre esta quinta-feira ao público a ARCO Lisboa, que este ano vai mostrar o trabalho de artistas portugueses e internacionais de 72 galerias de 14 países.
Algumas destas galerias participam pela primeira vez na feira de arte contemporânea. Nesta terceira edição da ARCO na capital portuguesa, o número de galerias aumentou - há mais 14 que no ano passado. Uma delas é portuguesa, abriu portas em outubro, e vai estar na secção Opening, onde estão as jovens galerias.
"Fomos convidados diretamente pelo curador João Laia, que nos transmitiu o que seria o programa e o que pretendia apresentar no setor Opening da feira", conta à Renascença Miguel Leal Rios, da galeria Uma Lulik. Em resposta ao convite, adianta, "vamos levar dois artistas portugueses fortes, emergentes, o Henrique Pavão e a AnaMary Bilbao, e vai ser apresentada, pela primeira vez em Portugal, uma artista israelita de 72 anos que é uma grande artista em Israel mas que não é conhecida no resto do mundo."
A Uma Lulik de Miguel Leal Rios junta-se a outras galerias já veteranas na ARCO, quer na edição de Lisboa quer na de Madrid. Exemplo disso é a galeria Graça Brandão, de José Mário Brandão, que explica o que motivo o regresso à ARCO Lisboa.
"Tenho uma experiência grande nestas feiras e se continuo a ir é porque acho que são muito importantes. A ARCO Lisboa é uma feira muito mais pequena, mais concentrada. Evidentemente Lisboa, neste momento, é uma cidade que atrai muita gente, é uma cidade que está na moda, há sempre o perigo de aquilo que está na moda sair de moda e portanto acho muito importante apoiar esta feira."
Entre as 72 galerias de 14 países, há também novidades que vêm de fora. À Renascença, o director da ARCO, Carlos Urroz, dá alguns exemplos.
"Temos galerias importantes de Espanha, mas também galerias de Londres que não participam na ARCO Madrid, galerias que, na sua estratégia de internacionalização, preferem vir à ARCO Lisboa."
Este ano, a exposição não será apenas uma feira para quem quer comprar arte. Há também um espaço para as crianças, uma exposição no Torreão Poente da Cordoaria, debates e uma feira de editoras independentes.