A China manifesta “profunda preocupação” com a escalada do conflito na Ucrânia e a possibilidade de que possa sair de controlo.
Uma posição expressa, este terça-feira, pelo ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, durante um discurso sobre segurança global.
"A China está profundamente preocupada com o facto de o conflito na Ucrânia estar constantemente a aumentar, correndo o risco de sair de controle, disse, citado pela estação de televisão estatal chinesa CCTV.
Qin Gang assegurou que a China continuará a ajudar nas negociações de paz, na Ucrânia.
"Continuaremos a facilitar a paz e a ajudar nas negociações, tal como continuaremos a contribuir com a sabedoria chinesa para ajudar na solução política da crise na Ucrânia e a trabalhar com a comunidade internacional para promover o diálogo, a eliminação das preocupações de todos os lados e a conquista da segurança universal", referiu.
Qin Gang pediu ainda aos países envolvidos que “deixem de alimentar o fogo o mais rápido possível e parem de culpar a China", numa alusão às recentes notícias que referem que o regime chinês poderá estar a preparar o envio de armas a Moscovo.
Nesse mesmo discurso dedicado à segurança global, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês aproveitou ainda para apelar aos países que designou de “relevantes”, que acabem com “os exageros como Ucrânia hoje, Taiwan amanhã”.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
As tensões em torno de Taiwan aumentaram depois da visita a Taipé da então líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, em agosto de 2022.