O ministro da Saúde anunciou esta quinta-feira que o Governo vai rever “semana a semana” a necessidade de medidas para travar a propagação da Covid-19.
Manuel Pizarro diz que esta é uma “fase de vigilância”, em que a prioridade é vacinar contra a doença e também contra a gripe sazonal.
Em declarações à margem de uma conferência sobre o valor económico da Saúde, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, Pizarro lembrou que no início do mês de outubro o país saiu da “situação de alerta” provocada pela pandemia e que “não temos tido sinais de agravamento significativo daquilo que verdadeiramente conta”, defende o ministro, que considera menos importante o número de casos, e mais relevante a gravidade da doença.
Apesar da subida de alguns indicadores, Manuel Pizarro garante que o país não tem sentido “um aumento da pressão nos internamentos, nem nos cuidados intensivos, nem na mortalidade”. Não obstante, o ministro da Saúde assume que este “é um caminho que se faz todos os dias”.
“Os sistemas de monitorização que temos estão no terreno estão a funcionar, e essas decisões têm de ser acompanhadas. Não sei se dia a dia, mas seguramente semana a semana”, assume o responsável pela pasta da Saúde em Portugal quando questionado pela Renascença.
Não obstante, o discurso do Governo continua virado para a prevenção. Pizarro afirma que o país atravessa uma “fase de vigilância atenta” no que à pandemia diz respeito, e sublinha que apesar da maior transmissibilidade, as novas estirpes do vírus não conseguem contornar a vacina.
O ministro da Saúde afirma que as variantes são “aparentemente suscetíveis de causar mais infeção” mas que tudo indica que “elas continuam a ser sensíveis aos efeitos da vacina”. Manuel Pizarro até antevê que o país “pode vir a ter mais casos, mas não teremos mais casos graves da doença”.
É por isso que o sucessor de Marta Temido ostenta os números da vacinação em Portugal:
“Nós estamos ainda no mês de outubro e já ultrapassámos 1,6 milhões de portugueses vacinados com a dose de reforço contra a Covid”, aponta Manuel Pizarro, que dá conta que o número é parecido em relação à vacinação contra a gripe.