O selecionador espanhol feminino, Jorge Vilda, foi despedido do cargo esta terça-feira. Segundo a imprensa desportiva do país, o técnico recebeu a notícia numa reunião que decorreu esta manhã com o presidente interino Pedro Rocha.
O despedimento acontece depois da conquista do Campeonato do Mundo feminino, do caso do beijo de Luis Rubiales a Jenni Hermoso e de uma longa disputa com as jogadoras.
Vilda tinha contrato por mais um ano com a Federação e Luis Rubiales, na polémica assembleia-geral em em que se recusou demitir da presidência, ofereceu uma renovação por mais quatro anos e com um ordenado de meio milhão de euros por ano ao treinador.
O técnico de 42 anos tinha inicialmente aplaudido a decisão de Rubiales, mas acabou também por condenar o episódio mais tarde.
"Lamento profundamente que a vitória do futebol feminino espanhol tenha ficado prejudicada pelo comportamento impróprio que o nosso até agora máximo dirigente, Luis Rubiales, teve e que ele mesmo reconheceu", afirmou, em comunicado.
Vilda sai na véspera da primeira convocatória da seleção feminina após o Campeonato do Mundo.
O treinador estava na Federação desde 2010. Em 2016 foi promovido à seleção principal e levou a equipa à conquista do primeiro Mundial da sua história, este verão, apesar de uma má relação com as atletas.
No final de 2022, 15 jogadores renunciaram à seleção e pediram a saída do selecionador e coordenador técnico.