Os resultados das recentes eleições presidenciais na Guiné-Bissau foram adulterados por piratas informáticos sediados em Portugal, na zona do Barreiro. A notícia foi avançada pela revista “Sábado”.
Três “hackers”, que terão sido contratados por 75 mil euros, conseguiram entrar nos computadores da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau através de um vírus.
Falsearam o resultado final das eleições de 29 de janeiro, dando a vitória final ao candidato Umaro Sissoco Embaló, do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (MADEM-G15).
A revista “Sábado” explica que a investigação foi baseada na análise e recolha de documentos, depoimentos, mensagens escritas e de som.
A guerra em torno do pagamento dos piratas informáticos está na origem da revelação de todo o esquema de sabotagem dos resultados das eleições presidenciais na Guiné-Bissau.
A Comissão Nacional de Eleições confirmou, a 18 de janeiro, a vitória ao candidato Umaro Cissoko Embaló na segunda volta, com 53,55%, enquanto o adversário Domingos Simões Pereira, do PAIGC, não foi além de 46,45%.
O candidato do PAIGC recorreu e o Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau ordenou uma recontagem dos votos.
"Tenho a convicção que o povo guineense nos dá a vitória nestas eleições presidenciais significa que os resultados provisórios agora publicados pela Comissão Nacional de Eleições estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações, que consubstancia e une àquilo que consideramos um roubo e não podemos aceitar", disse Domingos Simões Pereira.