A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) está preocupada com a falta de efetivos e garante que são necessários compromissos da tutela para mudar o cenário na PSP.
Em declarações à Renascença, sobre a propósito do encontro agendado para esta segunda-feira entre o ministro da Administração Interna e o Comando Metropolitano de Lisboa, o presidente da ASPP Paulo Santos diz que conversar não é suficiente.
“Se for para ficar pela mera conversa, sem haver uma perspetiva de passos importantes, de conversas que tenham atas assinadas e compromissos vincados... não me parece que vá resolver o assunto. Porque é isso que tem sido feito nos últimos anos.”
Paulo Santos descreve ainda um panorama de falta de pessoal. “Há esquadras do país, em Porto e Lisboa, que estão a entrar apenas com um ou dois polícias por turno. Relembro que uma esquadra para funcionar para ter capacidade de resposta aquilo que são as chamadas 112 e ao atendimento ao público necessita no mínimo de quatro ou cinco elementos.”
O dirigente sindical alude a um quadro de cansaço do pessoal, muitos profissionais de baixa médica “e não têm entrado elementos suficientes e é necessário também rejuvenescer a instituição para ter maior capacidade de resposta”.
Sobre a reunião desta segunda-feira, diz que “o senhor ministro vai falar com as entidades que entender”, mas defende ser “mais importante perceber o que está a acontecer, iniciar processos com os representantes dos profissionais para perceber quais são os passos que têm de ser dados”.
No fim de semana, um homem de 34 anos morreu na madrugada de sábado, à porta de uma discoteca no Parque das Nações, depois de ser alvo de várias agressões, um episódio o que motivou o agendamento para esta segunda-feira de uma reunião de emergência do Conselho Municipal de Segurança.
No Porto, no fim de semana as esquadras do Infante e Heroísmo estiveram fechadas até às 16h00, por falta de pessoal.