Madrid acolhe nos dias 29 e 30 de junho a Cimeira da NATO, vista por muitos como uma cimeira história da Organização do Tratado do Atlântico Norte, marcada pela guerra da Ucrânia.
O comentador d’As Três da Manhã antevê que a cimeira “vai mudar mesmo muita coisa”.
“Desde logo a presença da NATO no Leste”, aponta Henrique Monteiro, referindo-se ao número de homens que passa “de 40.000 para 300.000”.
“Isso é logo uma mudança brutal”, assinala, acrescentando que a segunda mudança “é que a Rússia, que tinha desaparecido como potencial inimigo ou potencial ameaça da NATO, volta a esse lugar honroso de potencial e principal inimigo da NATO”.
Como terceira mudança aponta o possível entendimento entre a Turquia, a Finlândia e a Suécia com vista à adesão à NATO destes dois países.
O comentador destaca ainda que “desaparece a ideia de autonomia estratégica da Europa sem os Estados Unidos”.
Por fim, sublinha que “os 2% que os Estados Unidos imploravam que os Estados europeus gastassem na Defesa, e que muitos nunca cumpriam, hoje já parece pouco mesmo aos países europeus”.
“Se o objetivo de Putin era dividir a Europa e a NATO aconteceu o contrário”, remata.