“Cúpulas do Estado” queriam que tortura no SEF “desaparecesse na espuma da Covid”
14-12-2020 - 10:29
 • Miguel Coelho , Cristina Nascimento

Comentadores da Renascença consideram que ministro da Administração Interna não tem condições de continuar no cargo.

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que as "cúpulas do Estado português" agiram mal no caso da morte de um ucraniano que estava ao cuidado do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

"Costa não demitiu Cabrita na altura", critica Raposo, e "Marcelo portou-se muito mal, não colocou o assunto em cima da mesa", diz. "Fica a impressão que as cúpulas do Estado português quiseram que o assunto desaparecesse na espuma da Covid", argumenta.

"Este silêncio do Estado envergonha", acrescenta Raposo, que diz ainda que "quando há um caso desta magnitude, tem que haver demissões", defendendo a saída de Eduardo Cabrita do cargo de ministro da Administração Interna.

Na mesma linha, o escritor Jacinto Lucas Pires considera que Eduardo Cabrita "não tem condições" de se manter no cargo.

"Demitir-se é um sinal de liderança, é dizer que o Estado não é isto, não pode ser isto", remata Lucas Pires.