A defesa de Diogo Lacerda Machado já avançou com o recurso para anular as medidas de coação decididas pelo tribunal no âmbito da Operação Influencer.
Em declarações à CNN Portugal, o advogado Manuel Magalhães e Silva diz que tem como objetivo anular a caução de 150 mil, a entrega obrigatória do passaporte e o crime de tráfico de influências que foi imputado a Lacerda Machado, consultor e conhecido por ser melhor amigo de António Costa.
A defesa de outro arguido, o ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, também já anunciou que vai recorrer das medidas de coação aplicadas no processo Operação Influencer.
"Vamos apresentar recurso", garantiu à Lusa o advogado Tiago Rodrigues Bastos, que representa Vítor Escária neste inquérito, perante a decisão de segunda-feira do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de aplicar a medida de coação de proibição de viajar para o estrangeiro, com obrigação de entregar o passaporte à guarda do tribunal, após ficar fortemente indiciado pelo crime de tráfico de influência.
O juiz de instrução decidiu na segunda-feira que os cinco arguidos da Operação Influencer, que estavam detidos há uma semana, ficam a aguardar o desenrolar do processo em liberdade. Segundo as medidas de coação, os arguidos não são suspeitos de corrupção nem de prevaricação, e Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária ficam obrigados a não sair do país.
O juiz Nuno Dias e Costa decretou termos de identidade e residência para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, assim como para os administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, acusados de dois crimes de tráfico de influência e oferta indevida de vantagem.