A Polícia Judiciária deteve esta sexta-feira um homem suspeito de ter ateado o fogo no concelho de Ourém, a 6 de agosto, que já tinha sido condenado pelo mesmo crime em 2017 e 2018, por incêndios na Caranguejeira, em Leiria.
Em comunicado, a PJ de Leiria adianta que o homem, de 32 anos, foi detido fora de flagrante delito e é suspeito da "autoria de um crime de incêndio florestal, ocorrido no passado dia 06 de agosto, que, segundo estimativa do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, destruiu aproximadamente 250 hectares de floresta e colocou em perigo populações das freguesias situadas a noroeste do concelho de Ourém".
O suspeito tem "antecedentes criminais por crimes da mesma natureza, ocorridos na zona da Caranguejeira em 2017 e 2018", tendo sido condenado na altura a uma pena de trabalho comunitário, segundo disse à Lusa fonte da PJ.
A mesma fonte referiu que o homem, trabalhador em "biscates, na área da construção civil", fez uma primeira tentativa para atear o fogo, através de chama direta, por utilização de um isqueiro, mas sem sucesso.
Procurou depois um monte de sobrantes, onde conseguiu os seus intentos, "tendo provocado danos de grande dimensão na área arborizada e colocado várias habitações em risco".
Fonte da PJ revelou ainda que as motivações do suspeito são "fúteis". "Gosto pelo espetáculo que o evento proporciona e de ver o combate dos bombeiros", acrescentou.
Em Mangualde, PJ deteve suspeito de atear vários incêndios
Um homem de 38 anos foi detido por suspeita de diversos crimes” de incêndio florestal em Mangualde, em agosto deste ano, na localidade de Quintela, na freguesia de Freixiosa, no distrito de Viseu.
“O suspeito, com uso de chama direta, durante a madrugada, terá ateado os incêndios junto a caminhos florestais, em zonas com vasta mancha florestal, e confinantes com zonas urbanas”, adianta.
As chamas, segundo a PJ, “só não ganharam proporções mais gravosas pela rápida intervenção dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, com o auxílio de meios aéreos”.
“Os incêndios consumiram uma área florestal (constituída por eucaliptos, pinheiros e carvalhos) com cerca de 27 hectares e provocaram prejuízos estimados de aproximadamente 17.000 euros”, acrescenta.
O detido vai ser presente ao Tribunal Judicial de Viseu para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.