A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) encontra-se esta terça e quarta-feira em greve e com manifestações e convida a população a juntar-se aos protestos em Lisboa, no Porto e em Coimbra, em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Durante esta manhã, está a haver concentrações de protesto junto aos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, São João, no Porto e no Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra.
Neste quadro de crise política, os médicos aguardam a remarcação de uma nova reunião com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
A secretária-geral da FNAM, Joana Bordalo e Sá, lembra que o governo continua em funções. "O governo está em plenitude das suas funções. Temos um Ministério da Saúde e temos o mesmo ministro, que cancelou uma reunião no dia 8 de novembro sem explicação. Aguardamos que nos responda efetivamente para quando é que essa reunião vai ser reagendada", diz.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, juntou-se à concentração de médicos que decorre junto ao hospital de Santa Maria, em Lisboa.
"A decisão de acabar as negociações é inadmissível. Não vale a pena argumentar que estamos num governo com dificuldades e que está em pré-demissão", adverte Paulo Raimundo. "O governo está em funções neste momento. Os tratamentos, as consultas em falta e as condições de trabalho e de valorização dos profissionais não podem esperar quatro meses. É preciso resolver os problemas hoje", acrescenta.