Uma mulher grávida e com suspeitas de ter coronavírus foi enviada da Maternidade Alfredo da Costa para casa, depois de duas horas à espera de um contacto da Linha Saúde 24.
A Renascença apurou que a grávida se dirigiu ao hospital precisamente por estar com sintomas, contrariando as indicações de os doentes não se deslocarem aos hospitais ou centros de saúde antes de ligarem para as linhas criadas para o efeito.
Uma vez no hospital os profissionais de saúde ligaram primeiro para a linha apoio ao médico, mas não houve resposta. Ligaram então para a Linha Saúde 24. Aí já houve resposta, mas ficou combinado que seriam contactados de volta por alguém da linha da Direção-geral de Saúde (DGS).
Contudo, ao fim de duas horas à espera, os médicos tomaram a decisão de mandar a grávida de volta para sua casa, evitando assim o risco de contágio na unidade de saúde.
As orientações da DGS para pessoas que desconfiem estar infetados com a nova estirpe de coronavírus são para telefonar, em primeiro lugar, para a Linha Saúde 24 e não para se dirigirem às unidades de saúde. Contudo, tem havido várias queixas sobre a linha, com muitas pessoas a dizer que tiveram de esperar horas, ou não conseguiram sequer entrar contacto com os profissionais.
O número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus subiu para 78 em Portugal, mais 19 do que os contabilizados na quarta-feira, anunciou esta quinta-feira a Direção-geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, há 637 casos suspeitos, dos quais 133 aguardam resultado laboratorial.
Segundo a DGS, há ainda 4.923 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.