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"A grande diferença relativamente ao PS nesta matéria é esta; nós dizemos que a justiça está muito mal, eles dizem que a justiça está bem. Se o PS acha que a justiça está bem e com umas coisitas pequenas vai ao sítio, está desde já aqui uma razão fundamental para votar no PSD e não votar no PS, a não ser que as pessoas achem mesmo que a justiça está bem", desafiou Rui Rio, numa sessão de esclarecimento em Aveiro.
Em mais uma sessão das "Conversas Centrais" - que na campanha do PSD substituem os tradicionais comícios -, hoje dedicada à Justiça, em Aveiro, Rio insurgiu-se contra as críticas do secretário-geral do PS, António Costa, de que o PSD não apresentava ideias.
"Acabou de dizer que não temos ideias e andamos pelas ruas a passear. É rigorosamente ao contrário, ele deve ter-se olhado ao espelho e viu o PS a pensar que estava a ver o PSD", ironizou.
Em matéria de justiça, o presidente do PSD centrou as suas críticas quer na morosidade dos processos, quer nas violações do segredo de justiça, e deixou um compromisso.
"Não vale a pena querer ganhar as eleições para depois ir para o Governo e não tratar dos verdadeiros problemas do país (...) Se vamos conseguir ou não, com toda a sinceridade não sei que não sou bruxo, que vamos tentar, que não vamos ter medo e que vamos fazer, vamos", assegurou.
E acrescentou: "Não vamos ficar de braços cruzados como a atual ministra da Justiça, que é uma ministra completamente inativa, tratou da corporação a que pertence e não fez praticamente mais nada de útil", afirmou, numa crítica direta a Francisca Van Dunem.
"Podem ter uma certeza: nós não vamos deixar as coisas como elas estão, com os braços cruzados, porque isto não é digno de dizer que temos uma democracia plena", afirmou.
Em concreto sobre as violações do segredo de justiça, Rio insurgiu-se que as pessoas sejam "julgadas na praça pública", mesmo que sejam inocentes, e que "quem comete o crime de violar o segredo de justiça saia impune".
"A política não está bem, os políticos não são todos sérios, mas dá-se a ideia que é todo um bando de corruptos (...) Há os que são, há, há os que são e ficam impunes, há, mas não podemos generalizar, há muita gente séria que está na vida pública", enfatizou.
Alertando que iria dizer algo polémico, Rio reiterou uma ideia que já deixou em anteriores ocasiões: que, tirando os julgamentos políticos, "em termos de eficácia desde o 25 de Abril até hoje as coisas não melhoraram, mas pioraram", na área da justiça.