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O Reino Unido anunciou esta segunda-feira que Portugal irá ser excluído da "lista vermelha" de países para os quais são proibidos voos.
Assim, passa a ser possível viajar entre o Reino Unido e Portugal, incluindo Açores e Madeira, embora se mantenha em vigor a necessidade de fazer uma quarentena de 10 dias após a chegada. Porém, essa quarentena pode ser feita em casa, não sendo necessário ir para um dos hotéis designados pelo Governo.
Quem viajar para o Reino Unido deve ainda apresentar um teste negativo com menos de 72 horas e comprar um "pacote de testagem" que inclui dois testes a realizar no segundo e no oitavo dia da quarentena.
A decisão foi tomada "na sequência de indícios de que se reduziu o risco de importação de uma variante preocupante destes destinos”, explica em comunicado, salientando que "Portugal adotou medidas para mitigar o risco das suas ligações com países onde as variantes se tornaram uma preocupação e agora tem vigilância genómica em vigor".
Os efeitos desta decisão, que entra em vigor na sexta-feira, dia 19, às 4h da madrugada, mesma hora em Portugal continental, não se farão sentir imediatamente na indústria do turismo, uma vez que os britânicos continuam impedidos de viajar para fora do país por razões de lazer, apenas podendo fazê-lo por necessidade inadiavel.
As ligações aéreas não deverão ser retomadas imediatamente, já que o Governo português prolongou até 31 de março a suspensão dos voos, comerciais ou privados, com origem ou destino no Reino Unido e Brasil.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirma que a saída de Portugal da ‘lista vermelha’ britânica é “algo extremamente positivo”, sendo o “reconhecimento” do “caminho” que Portugal tem feito “nas últimas semanas”.
“É naturalmente algo extremamente positivo porque não havia um fundamento para essa inclusão de Portugal nessa lista”, defendeu Eduardo Cabrita.
O ministro da Administração Interna falava aos correspondentes portugueses em Bruxelas após ter presidido ao Conselho ‘Jumbo’, uma reunião que juntou os ministros dos Assuntos Internos e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), e que se dedicou à dimensão externa do fenómeno migratório.
Frisando que Portugal tem hoje “indicadores particularmente reduzidos de incidência” no que se refere à situação pandémica, Eduardo Cabrita sublinhou que o país precisa de “prosseguir o esforço de consolidação desses resultados” e manter-se-á “atento” ao risco da variante detetada no Reino Unido e ao “seu impacto na Europa”.
“Mas, obviamente para Portugal, essas decisões, quer a decisão alemã de sexta-feira passada, quer esta decisão britânica, são o reconhecimento do caminho que, coletivamente, temos vindo a fazer nas últimas semanas”, apontou.
[Notícia atualizada às 22h29]