O Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo espera que o incêndio de Palmela seja dominado durante a madrugada desta quinta-feira, para se iniciarem os trabalhos de rescaldo durante o dia.
"Aquilo que esperamos é (...) dar este incêndio por dominado [durante a madrugada] - é esse o nosso objetivo - para que amanhã [hoje] possamos fazer aqui todas as operações de consolidação de rescaldo", disse Elísio de Oliveira aos jornalistas ao princípio da noite de quinta-feira, adiantando que neste momento a "maior preocupação é uma frente ativa que está a progredir na zona de São Paulo, em direção a Setúbal".
"A outra frente ativa, da Quinta do Anjo, numa área mais agrícola, neste momento já está a ser consolidada. Não é uma área que nos preocupe muito. Temos é a preocupação de evitar reativações", acrescentou.
Elísio de Oliveira confirmou também a informação avançada durante a tarde de quarta-feira, de que o incêndio de Palmela tinha provocado ferimentos a cinco bombeiros, salientando que "nenhum corre perigo de vida".
Os bombeiros sofreram queimaduras, sendo que dois estão internados na Unidade de Queimados do Hospital de São José, em Lisboa.
De referir que, durante a tarde de quarta-feira, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal tinha dado conta de outros cinco feridos civis, um deles em estado grave.
Durante o dia, os bombeiros contaram também com o apoio de dois helicópteros e dois aviões Canadair, de Itália, que, segundo Elísio de Oliveira, "deram uma grande ajuda" no combate ao incêndio de Palmela.
Ainda assim, as chamas acabaram por atingir um `stand´ de automóveis, perto de um posto de abastecimento de combustíveis em Aires, onde Elísio de Oliveira assegurou que, neste momento, os "bombeiros já estão preposicionados".
Questionado pelos jornalistas, o Comandante Regional de Lisboa e Vale do Tejo não esclareceu quantas habitações foram destruídas, ou parcialmente danificadas pelo incêndio, mas admitiu que os Serviços Municipais de Proteção Civil dos municípios de Setúbal e Palmela, "por medida de segurança", já realojaram sete pessoas.
Elísio de Oliveira referiu ainda que foi necessário proceder à evacuação de um lar, mas garantiu que as 80 pessoas retiradas daquele local foram, entretanto, realojadas noutras instituições e estão a ser acompanhadas pela Segurança Social.