“Tudo na Igreja nasce na oração, e tudo cresce graças à oração”, disse o Papa Francisco, na catequese desta quarta-feira.
“Quando o Inimigo, o Maligno, quer combater a Igreja, fá-lo, desde logo, procurando secar as suas fontes, impedindo-as de rezar. Por exemplo, vemo-lo em certos grupos que se organizam para desencadear reformas eclesiais e mudanças na vida da Igreja… estão lá todas as organizações e os media informam tudo… Mas não se vê oração, não se reza.”
Francisco acrescentou estas reflexões ao texto previamente preparado para esta quarta feira, comentando recentes iniciativas de grupos, em destaque sobretudo na Alemanha, que reivindicam mudanças radicais na doutrina da Igreja, amplamente divulgadas nos meios de comunicação social.
Sem nunca referir casos concretos, o Papa não deixou de ser veemente. “Temos de mudar isto, temos de tomar esta decisão, que é bocado forte…”, acrescentou, referindo-se a essas pressões.
“A proposta pode ser interessante, mas é interessante só com discussão? só com os media? Onde está a oração?”, questionou o Papa.
“A oração é o que abre a porta ao Espírito Santo, que nos ajuda a avançar. As mudanças na Igreja sem oração, não são mudanças de Igreja, são mudanças de grupo! E quando o Inimigo, o Maligno, como já disse, quer combater a Igreja, a primeira coisa que faz é secar as suas fontes, impedindo-as de rezar e induzindo-as a estas outras propostas.”
Francisco também desafiou cada um a interrogar-se: “Como rezo? Rezo como um papagaio ou com o coração? Rezo na Igreja e com a Igreja, ou só de acordo com as minhas ideias?…Isso é uma oração pagã. Sem a oração, a fé apaga-se”. E acrescentou, citando o Evangelho: “Quando vier o Filho do Homem, encontrará acaso fé sobre a terra? (Lc 18, 8), ou encontrará apenas organização, ou só grupos de empresários da fé, com tudo muito bem organizado, com obras de beneficência e outras coisas?… Ou encontrará fé?”