O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, pede aos autarcas que, se for preciso, abdiquem das festas para financiar a limpeza da floresta.
De visita a Bouceiros, em Porto de Mós, onde acompanhou uma ação de limpeza de um terreno, o governante pediu aos autarcas, que se queixam de falta de dinheiro para se substituírem aos privados, que estabeleçam prioridades.
“Levar mais longe esta tarefa implica, porventura, cortar noutras despesas, implicará sacrificar algumas festas. Não sei, mas cada um, dentro dos recursos de que dispõe, e é só esses que pode mobilizar, terá de fazer as suas opções e levar o esforço tão longe quanto possível”, disse Capoulas Santos aos jornalistas.
Nesta ação de limpeza, o ministro foi abordado pelos homens que efetuavam o trabalho, que se queixaram das condições do material que estavam a utilizar.
Questionado pelos jornalistas, Capoulas Santos, que criou os sapadores florestais há 15 anos quando ocupava a mesma pasta, disse que os trabalhadores tinham toda a razão.
Lamentando que, de então para cá, nada mais tenha sido feito, anunciou um conjunto de medidas para prevenir incêndios como os do ano passado.
"Voltei 15 anos depois com poucas mais brigadas do que aquelas que tinham sido criadas, com os mesmos equipamentos que estavam há 15 anos em fase de não-utilização, com o mesmo tipo de apoio financeiro", sublinhou.
Para resolver a situação, o ministro anunciou um "aumento do apoio financeiro", que, em 2017, significou um reforço com 70 formações, "entre recuperação de equipas e novas equipas".
"Este ano, já está a decorrer um concurso para cem novas equipas e para reequipar outras 35. E aumentámos o montante financeiro para as equipas de sapadores", anunciou, avançando ainda a abertura, "ontem", de um concurso de três mil euros por equipa, "para que seja possível dotá-las de novos equipamentos de proteção".