Trump condena extrema-direita. “Não é um grupo que eu queira energizar”
22-11-2016 - 20:37

Presidente eleito dos Estados Unidos esteve reunido com a direcção do jornal “New York Times”, onde disse manter “mente aberta” sobre o Acordo de Paris e deixou cair a intenção de julgar Hillary Clinton sobre o escândalo dos e-mails.

O presidente eleito norte-americano, Donald Trump, esteve esta terça-feira reunido com editores e jornalistas do jornal norte-americano “New York Times” (NYT), encontro no qual se distanciou do encontro da extrema-direita que decorreu no fim-de-semana e disse “condenar” o grupo “alt-right” (direita alternativa).

Na conferência em Washington do Instituto de Política Nacional, uma organização de extrema-direita, houve lugar a saudações nazi e apelos a "uma limpeza étnica pacífica". Ao NYT, Trump afastou-se da iniciativa e repudiou a acção, dizendo que a direita radical “não é um grupo que queira energizar”.

Por outro lado, o presidente eleito defendeu a escolha polémica de Stephen Bannon, conotado com a direita radical, para assumir a estratégia da Casa Branca. “Se eu achasse que ele é racista nem sequer pensaria em contratá-lo”, disse Trump.

Sobre o Acordo de Paris para reduzir as alterações climáticas, que Trump prometeu várias vezes ter a intenção de rasgar, o presidente eleito diz agora ao NYT que está a “manter uma mente aberta” sobre o acordo.

Donald Trump disse também não ter “sentimentos muito fortes” sobre a investigação a Hillary Clinton, acrescentando que não quer “magoar” os Clintons. “Ela já passou por muito”, disse.

A conselheira de campanha de Trump, Kellyanne Conway, afirmou numa entrevista à norte-americana MSNBC que "quando o Presidente eleito, que também é o líder do partido, diz antes de ser empossado que não deseja insistir nessas acusações, então está a enviar uma mensagem muito forte, em tom e conteúdo".

Trump estará assim a desistir de uma promessa polémica que assumiu durante a campanha presidencial.