A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) denuncia à imprensa internacional o “nível catastrófico” que se vive no Sudão do Sul.
Em comunicado, a organização humanitária avisa que inocentes continuam a ser assassinados.
“A guerra no Sudão causou o colapso total da proteção dos civis, com as pessoas a enfrentarem violência indiscriminada, mortes, tortura e violência sexual. Bombas, armas, artilharia e raides aéreos continuam a matar no Sudão. Nos centros urbanos, em particular, os combates entre as partes em conflito estão a causar mortos e feridos de forma cega – são milhares de homens, mulheres e crianças."
A MSF relata ainda que decorrem ataques constates a hospitais e a médicos e ativos da organização.
“As equipas da MSF no terreno têm vindo a prestar assistência e tratamento a milhares de pacientes com ferimentos relacionados com o conflito e causados por tiros, explosões e esfaqueamentos. Hospitais são atacados, mercados bombardeados e casas arrasadas. A prestação de cuidados de saúde está sob ataque: foram contabilizados mais de 60 incidentes de violências e ataques contra trabalhadores e ativos da MSF, prejudicando a capacidade da organização de prestar cuidados assim como o acesso dos pacientes a tratamento.”
A MSF conclui o comunicado com um apelo ao fim da guerra no Sudão do Sul que dura desde abril de 2023.
“A MSF insta as partes em conflito no Sudão a facilitarem a expansão da ajuda humanitária no país e, acima de tudo, a pararem esta guerra sem sentido contra as pessoas, pondo fim imediato aos ataques contra civis, infraestruturas civis e áreas residenciais."