Marcelo Rebelo de Sousa quer que 2022 seja mesmo "Ano Novo, vida nova" e o ano "de virar a página". Na habitual mensagerm de Ano Novo, transmitida a partir do Palácio de Belém grande parte da comunicação do Presidente esteve centrada na questão da pandemia.
O Chefe do Estado considerou que, há um ano, se pensava que 2021 traria o fim da pandemia e o reinício de alguma normalidade, o que acabou por não se verificar.
"Estamos encaminhados, mas falta o fim dos fins", disse, lembrando que os meses de janeiro a março serão "cruciais" para fechar o ciclo.
Marcelo apelou à necessidade de reinvenção, falando de "vidas congeladas, trucidadas pela pandemia", destacando "os mais sacrificados pela pandemia, os mais pobres, os mais doentes, os portadores de deficiência". Deixou também uma mensagem especial às crianças que, disse, têm ficado esquecidas, "num passeio sem sol da vida em comum".
O Presidente da República não esqueceu também as eleições legislativas, agendadas para o fim do mês de janeiro. lembrando que é o tempo de decidir a Assembleia da República e o Governo para os próximos quatro anos.
Pediu um Parlamento e um Governo "com legitimidade renovada, que dê voz ao pluralismos de opiniões e diversidade, um Governo que possa refazer também ele, esperanças e confianças perdidas ou enfraquecidas, e garantir previsibilidade para as pessoas e para os seus projetos de vida", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa aludiu ainda ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), considerando que são fundos "irrepetíveis" e devem ser usados "com transparência, rigor, competência e eficácia, combatendo as corrupções e os favorecimentos ilícitos".
No final aproveitou para se afirmar "mais presente do que nunca".
No plano internacional, naquele que foi o seu quinto discurso de Ano Novo, Marcelo Rebelo de Sousa mencionou os 20 anos de independência de Timor Leste, bem como os dois séculos de independencia do Brasil. A nível europeu, pediu uma "Europa com mais convergência" e "mais aposta na juventude".