O governo de Macau anunciou, esta sexta-feira, que vai dar oito mil patacas (1.10 euros) a cada residente para “aliviar a pressão financeira” causada pelo pior surto de covid-19, registado em junho e julho, desde o início da pandemia.
O montante poderá ser gasto, a partir de 28 de outubro e até 30 de junho de 2023, para pagamentos no limite diário de 300 patacas, o equivalente a 38 euros.
Em comunicado, o Conselho Executivo de Macau explica que a medida visa “a “dinamizar a procura interna local e promover a recuperação económica” ao permitir gerar um consumo de mais de 10 mil milhões de patacas (1,26 mil milhões de euros).
Segundo Anton Tai Kin Ip, diretor dos Serviços de Economia de Macau, o apoio representa um investimento de 5,92 mil milhões de patacas (745,6 milhões de euros). Ainda, segundo aquele responsável, trata-se de uma medida com “eficácia muito alta” e que, em edições anteriores, resultou no gasto de “23% do montante em restaurantes e supermercados”.
O novo subsídio anunciado esta sexta-feira faz parte de um plano de assistência no valor total de 10 mil milhões de patacas e que inclui um programa de “apoio pecuniário a trabalhadores, profissionais liberais e operadores de estabelecimentos comerciais”.
Para a concretização do programa, o parlamento aprovou em julho uma revisão do orçamento que prevê a utilização 35,1 mil milhões de patacas (4,5 mil milhões de euros) de verbas da reserva extraordinária do território.
Macau foi atingido em junho e julho pelo pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia. Mais de 1.700 pessoas foram infetadas e seis pessoas morreram na sequência do surto que levou as autoridades a impor um confinamento parcial no território e o encerramento da maioria dos estabelecimentos comerciais.