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Os Estados Unidos compraram quase todo o stock mundial do medicamento Remdesivir, que ajuda no tratamento de doentes com Covid-19, para os próximos três meses.
A informação está a ser avançada, esta terça-feira, pelo jornal “The Guardian”.
“O Presidente Trump conseguiu um acordo espantoso para assegurar que os americanos tenham acesso à primeira terapêutica autorizada para a Covid-19”, disse o secretário do departamento de serviços de saúde e humanos, Alex Azar. “Na medida do possível, queremos assegurar que qualquer paciente americano que precise de Remdesivir possa obtê-lo.”
A iniciativa americana significa que, nos próximos três meses, nenhum outro país terá acesso a este medicamento antiviral, cuja utilização foi recentemente recomendada pela Agência Europeia do Medicamento para adultos e jovens com mais de 12 anos que sofram ainda de pneumonia e necessitem de receber oxigénio.
O fármaco, fabricado pela Gilead, revelou-se eficaz no tratamento de alguns dos casos em pessoas infetadas pela Covid-19.
Depois dos resultados animadores, foram distribuídas 140 mil doses para testes em todo o mundo. Agora, a administração Trump comprou mais de 500 mil doses, que são toda a produção da Gilead para julho e 90% de agosto e setembro.
Os cientistas estão preocupados com a ação unilateral dos Estados Unidos e temem que, caso haja uma vacina, o país tome a mesma decisão.
"Eles têm acesso à maior parte do stock de doses [do Remdesivir], então não há nada para a Europa", disse Andrew Hill, investigador sénior da Universidade de Liverpool.
Para além do Remdesivir, que pode ser eficaz em alguns casos na fase inicial, a Dexametasona ajudou em alguns casos mais graves, de doentes que estavam já a ser ventilados.