Muro com o México avança. Trump já assinou decreto
25-01-2017 - 18:24

Presidente reafirma que serão os mexicanos a pagar a barreira física na fronteira e quer que comece a ser construído “o mais rápido possível”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já assinou o decreto que dá luz verde à construção do muro na fronteira com o México e quer que a construção comece “o mais rápido possível, talvez no espaço de meses”.

Os planos e a preparação “já começaram”, confirma Donald Trump que, assim, dá seguimento a uma promessa eleitoral.

Em entrevista à televisão ABC, Trump reafirma que será o México a pagar o muro, sem, no entanto, explicar como.

Já depois, em conferência de imprensa, Donald Trump disse que "uma nação sem fronteiras não é uma nação. A partir de hoje, os Estados Unidos vão recomeçar a recuperar o controlo sobre as suas fronteiras".

Donald Trump e o seu homólogo mexicano, Enrique Pena Nieto, têm reunião marcada para o próximo dia 31 de Janeiro e este deverá ser um dos temas da conversa.

O novo líder norte-americano acredita que pode "incrementar as relações entre os nossos dois países, até um nível nunca antes visto. Acredito que a nossa relação com o México vai melhorar. O departamento de segurança interna em trabalho conjunto comigo e com o meu gabinete, vai começar a construção imediata de um muro na fronteira".

A fronteira entre Estados Unidos e México tem cerca de 3200 quilómetros e cerca de mil já têm algum tipo de barreiras que, segundo o projecto da actual administração, serão reforçadas.

Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, adiantou que o Presidente assinou também o decreto reforçando as leis de imigração no país.

Durante a campanha eleitoral, a prioridade era expulsar todos os imigrantes ilegais que tenham cometido crimes nos Estados Unidos. Spicer não confirmou nem desmentiu se as prioridades tinham mudado.

Na entrevista à ABC, Trump deixou também aberta a porta ao regresso do Waterboarding, tortura com água a prisioneiros. O Presidente disse acreditar que a técnica funciona mas garante que a palavra final será do secretário da Defesa.

[actualizado às 21h00]