Uma das damas de companhia de Isabel II e dos principais membros da corte de Carlos III no Palácio de Buckingham, Susan Hussey, foi afastada dos deveres reais após acusações de racismo por ter perguntado repetidamente a uma convidada de onde era originária.
Nas redes sociais, a ativista Ngozi Fulani diz ter sido questionada por várias vezes sobre questões raciais e pelos seus antepassados durante um evento de caridade de apoio a mulheres africanas e caribenhas que sofrem com a violência doméstica.
“Sentimentos mistos acerca da visita de ontem ao Palácio de Buckingham”, escreveu. Ngozi diz ter ouvido perguntas como "Qual a sua nacionalidade?" "De onde você realmente vem?" "De onde vem o seu povo?" e "De que parte da África você é?" por parte de Susan Hussey.
Em comunicado, o Palácio de Buckingham esclarece que a membro da família real, madrinha do príncipe William, renunciou dos seus deveres reais e pede desculpa pelos “comentários inaceitáveis e profundamente lamentáveis”, acrescentando que o incidente é “extremamente sério” e será “investigado imediatamente”.
No evento estava presente a rainha consorte do Reino Unido, Camila, que alertou para uma “pandemia global de violência contra as mulheres”.
A situação surge no dia em que é noticiado que a Duquesa de Sussex, Meghan Markle, terá recebido ameaças "nojentas e muito reais" enquanto membro ativo da família real britânica, avançou o comissário adjunto cessante da Polícia Metropolitana em entrevista ao Canal 4 britânico.