Esta quarta-feira, no discurso de Lula da Silva na 27.ª Cimeira do Clima da ONU, o Presidente eleito do Brasil prometeu acabar com a desflorestação da Amazónia até 2030.
Lula frisou que "não há segurança climática para o mundo sem uma Amazónia protegida". "Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação de nossos biomas até 2030, da mesma forma que mais de 130 países se comprometeram ao assinar a Declaração de Líderes de Glasgow sobre Florestas."
O futuro Presidente brasileiro fez questão de frisar que "o combate à crise climática terá o mais alto perfil na estrutura do próximo governo".
"Vamos provar que é possível promover crescimento económico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica e não mais como inimiga a ser abatida por tratores ou motosserras", sublinhou.
Neste sentido, Lula mostrou-se preocupado com o estado da arte do agronegócio brasileiro, responsável pelos avanços da desflorestação da Amazónia. Segundo o Presidente eleito, a "produção agrícola sem equilíbrio deve ser considerada uma ação do passado".
Lula da Silva salientou que o objetivo passa pela produção "com equilíbrio", diminuindo emissões de carbono e protegendo a "imensa biodiversidade" da floresta amazónica. É necessário promover a "regeneração do solo em todos os biomas" e o "aumento de renda para os agricultores", especificou.
"Estou certo de que o agronegócio brasileiro será um aliado estratégico do nosso governo na busca por uma agricultura regenerativa e sustentável, com investimento em ciência, tecnologia e educação no campo, valorizando os conhecimentos dos povos originários e comunidades locais."
O Brasil foi um dos países que assinou a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e uso da Terra COP26, que decorreu em 2021, em Glasgow. O documento afirma um compromisso total dos mais de 140 signatários com o reflorestamento e a preservação florestal até 2030.
O Presidente eleito brasileiro também já confessou a intenção de o país receber a 30.ª Cimeira do Clima da ONU na Amazónia, em 2025.