Todos os hospitais da província de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, deixaram de funcionar, disse esta segunda-feira o vice-ministro da saúde do enclave palestiniano, Youssef Abou Rich, à agência de notícias AFP.
Desde a sexta-feira, o cerco das tropas israelitas aumentou em torno dos hospitais, principalmente na cidade de Gaza, que é o centro dos combates. O exército israelita afirma que os hospitais na Faixa de Gaza estão a ser usados pelo Hamas para atacar Israel.
Os hospitais estão agora privados de eletricidade devido à falta de combustível necessário para fazer funcionar os geradores, cuja escassez se deve ao cerco imposto por Israel.
Seis bebés prematuros e nove pacientes em cuidados intensivos morreram devido à falta de eletricidade no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, anunciou também esta segunda-feira o vice-ministro da Saúde do Governo do Hamas.
De acordo com o relatório diário do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, os últimos ataques causaram danos à área de cuidados de doenças cardiovasculares e à maternidade, entre outras instalações hospitalares na cidade de Gaza, capital da faixa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que perdeu contacto com Al-Shifa, enquanto outro hospital na capital de Gaza, Al-Quds, já não funciona por falta de combustível.
A sete de outubro, o Hamas efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre e desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
Este conflito provocou pelo menos 11 mil mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.