Milhares de simpatizantes da direita nacionalista (VMRO-DPMNE) manifestaram-se em Skopje contra uma mudança do nome do país, negociado com a Grécia, que também reivindica o nome Macedónia.
Depois de anos de impasse, as negociações entre os dois países conheceram progressos nos últimos meses, com o primeiro-ministro macedónio, Zoran Zaev, e o seu homólogo grego, Alexis Tsipras, mostrando vontade de acabar com a disputa de um quarto de século. Segundo os dois países, as negociações estão "na fase final".
Segundo o primeiro-ministro, qualquer solução será objeto de referendo e levará a uma mudança na Constituição da Macedónia.
"O VMRO-DPMNE não apoiará uma modificação da Constituição para implementar uma mudança do nome constitucional (da Macedónia). Somos muito claros em relação a isso", disse à multidão o novo presidente do principal partido da oposição, Hristijan Mickoski.
Por outro lado o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, apoiou o novo presidente do VMRO-DPMNE numa mensagem em vídeo na qual elogia os "líderes corajosos e sábios (...) que não se submetem à pressão de potências estrangeiras".
Na ausência de um acordo, Atenas bloqueia qualquer perspetiva de integração da Macedónia na NATO ou de adesão à União Europeia.
Muitos nomes têm sido referidos como alternativa, como "Gorna Makedonija" (Alta Macedónia), "Severna Makedonija" (Macedónia do Norte), "Macedónia-Ilinden" ou "Macedónia-Skopje".
Fonte ouvida pela Agência France Press disse que a preferida é Macedónia do Norte.
Um acordo com a Grécia terá de ser ratificado pelo Parlamento antes de um referendo.
Independente desde 1991, a Macedónia foi admitida nas Nações Unidas como Antiga República Jugoslava da Macedónia. É também assim que líderes europeus a designam, mas muitos países, nomeadamente os Estados Unidos e a Rússia, reconhecem o país pelo nome de Macedónia.