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Há 74% da população portuguesa que tem medo de ir a hospitais e a centros de saúde. E como consequência deste fenómeno 26% deixaram mesmo de recorrer os estabelecimentos de saúde. Entre os doentes crónicos, o número sobe ainda mais, foram 32%.
Estes são apenas alguns dos números dramáticos dos danos colaterais da pandémica do novo coronavírus, presentes no inquérito do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica, para o Público e para a RTP.
Este estudo baseia-se em perguntas feitas a 1700 pessoas, numa amostra representativa da população, realizadas entre os dias 6 e 9 de abril.
As razões para quase três em cada dez que deixaram de ir a estabelecimentos de saúde também se podem encontrar, além do medo, com o adiamento de exames, de consultas ou de intervenções cirurgicas.
Também a saúde mental dos portugueses parece estar a ficar pior do que antes. Serão pelo menos 35% ps que, questionados sobre o seu estado de saúde mental, dizem encontrar-se numa situação pior do que antes de março deste ano.
Há ainda um dado que de certa forma é surpreendente, e que tem a ver com a avaliação do estado de saúde geral. Assim, se 23% da população assume que o seu estado geral de saúde física está pior do que antes da pandemia, é entre os jovens, entre os 18 e os 24 anos, que se concentra a maior percentagem (33%).
Nos que têm 65 anos ou mais, a proporção desce para os 17%.