Abílio Fernandes considera que a "loucura" assumida pelo Sporting ao contratar Rúben Amorim levará inevitavelmente à obrigação de fazer mais-valias com os jogadores mais apetecíveis do plantel.
Numa altura em que o guarda-redes Luís Maximiano é apontado à baliza do AC Milan, num negócio que poderá rondar os 20 milhões de euros, o antigo vice-presidente dos leões começa por traçar, em Bola Branca, uma relação recheada de ironia e crítica mordaz.
"O Luís Maximiano é uma esperança do futebol português. Nesta altura, o Sporting passa por grandes dificuldades financeiras, embora não pareça, quando entram em loucuras e compram um treinador por 10 ou 12 milhões de euros. Os sinais são de que o clube não tem problemas financeiros, mas tem grandes problemas financeiros", diz.
Nesse sentido, Abílio Fernandes defende, como alternativa única num contexto altamente adverso para os lados de Alvalade, a venda de Maximiano.
"E, assim, o melhor que o Sporting tem a fazer é vender o guarda-redes pelos números de que se fala, a rondar os 20 milhões de euros", afirma.
O incumprimento com o Sporting de Braga relativamente a Rúben Amorim reforça essa obrigação de vender. Abílio Fernandes conclui que tudo isto é mau demais para ser verdade.
"O Sporting não tem dinheiro para cumprir com os seus compromissos e agora tem de vender rapidamente para cumprir com o Sporting de Braga, que tem legitimidade e que tem um contrato que não está a ser cumprido. Infelizmente, tudo isto é mau demais para ser verdade", prossegue, concluindo que a "má gestão" e a "falta de vergonha" que aponta a Frederico Varandas e seus pares levou a que a aposta em Rúben Amorim tenha sido feita de forma cega.
"Assinam contratos de cruz e, na hora da verdade, na hora de pagar, não o fazem. O Sporting não merece ter este tipo de gente à frente do clube, porque não têm um mínimo de capacidade", remata o ex-dirigente do Sporting.