O ministro da Educação desvaloriza as avaliações dos rankings das melhores classificações das escolas e diz não estar preocupado com a discrepância de resultados entre escola públicas e privadas, porque os rankings se baseiam apenas em resultados de exames nacionais e ignorando "variáveis de contexto".
“Teríamos de fazer uma segmentação que é impossível de fazer”, diz o governante, explicando que seria necessário pegar “na coorte de alunos das escolas públicas que têm o mesmo perfil socioeconómico das escolas privadas”.
“E se calhar aí ficávamos com uma anulação destas diferenças”, diz o ministro, destacando que tal trabalho “é impossível de fazer porque nós não dispomos de dados socioeconómicos relativos à ação social escolar”, e, por isso, “não é possível calcular o indicador de equidade para as escolas privadas”.
Em declarações à RTP3, o governante considera que o grande desafio é mitigar a diferença entre famílias com e sem recursos.
“Infelizmente, continua a ser o contexto familiar e a condição socioeconómica das famílias o principal produtor do sucesso ou do insucesso”, nota João Costa, destacando que “essa deve ser a nossa grande batalha”.
“Quando nós falamos da promoção de uma escola inclusiva é uma escola que não nivela por baixo, ou seja, que tenta levar todos o mais longe possível. Por vezes, diz-se que o elevador social que a escola promove está parado, não está”, garante.
João Costa diz ainda que “nós vemos que há sempre um hiato entre os alunos mais favorecidos e mais desfavorecidos”, mas assegura que “lentamente os resultados dos alunos mais desfavorecidos têm vindo a subir e esta diferença tem vindo muito lentamente a diminuir”.