O PCP considera ter deixado de haver razões para a obrigatoriedade de utilização de máscaras de proteção anti-covid nas escolas e que a sua manutenção é "uma forte limitação às aprendizagens".
Numa nota enviada às redações, os comunistas argumentam que "não há razões que justifiquem o prolongamento da obrigação do uso de máscara nas escolas", uma vez que a "evolução pandémica e o avanço do processo de vacinação alteraram substancialmente as razões" que determinaram a sua utilização para mitigar a propagação da pandemia.
"O uso de máscara nas escolas constitui, conforme comprovam professores e outros agentes educativos, uma forte limitação às aprendizagens e um fator de condicionamento à sociabilidade em meio escolar, cujo prejuízo é hoje evidente", sustentou o partido.
O PCP acrescentou que "quando se exigem medidas que permitam recuperar aprendizagens" perdidas nos últimos dois anos, continuar a obrigar as crianças a utilizar máscaras nas escolas "só contribuiu para as dificultar".
Portugal registou, na semana de 5 a 11 de abril, 59.434 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, 145 mortes associadas à covid-19 e um aumento de doentes internados, indicou na sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, o número de casos confirmados de infeção desceu 2.528 em relação à semana anterior, registando-se também uma redução de sete mortes na comparação entre os dois períodos.
A covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.