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A cidade de Amesterdão cancelou os festejos de passagem de ano, devido ao aumento de casos de Covid no país.
A presidente da Câmara Municipal da capital holandesa decretou, na segunda-feira, que a contagem decrescente da praça Museumplein foi cancelada. O fogo de artifício previsto para diferentes partes da cidade também não se irá realizar.
“Devido ao rápido aumento de infeções e internamentos hospitalares, e às restrições adicionais, as perspetivas são sombrias. Como é muito incerto e temos que fazer antecipadamente investimentos significativos para esta época, não seria responsável continuar com os preparativos”, destacou Femke Halsema, citada pela agência EFE.
Na Holanda existe a tradição de populares lançarem os seus próprios foguetes e fogo de artifício de baixa qualidade e a cidade tinha optado por organizar exibições de fogo de artifício para evitar essa situação. Por decisão autárquica, a utilização de pirotecnia por grupos de cidadãos também não será permitida.
A Holanda está a travessar um período de grande aumento de novos casos de Covid, com reflexos nos internamentos e no número diário de mortos. No dia 13 de novembro morreram 33 pessoas com Covid-19, um valor a que não se assistia desde maio de 2021. No dia 15 de novembro houve perto de 20 mil novos casos, embora este número possa estar inflacionado pela dificuldade dos laboratórios em testar durante o fim-de-semana, precisamente por causa do excessivo número de pedidos. A população da Holanda é de pouco mais de 17 milhões de pessoas. Em comparação, Portugal, como cerca de 10 milhões de pessoas, teve pouco mais de 900 novos casos no mesmo espaço de tempo.
Esta nova vaga de infeções está a afetar toda a Europa central e de leste. A Alemanha prepara-se para implementar novamente o teletrabalho e na Áustria o Governo implementou o confinamento de pessoas não-vacinadas.
A taxa de vacinação nos Países Baixos continua estagnada nos 82,4% para maiores de 12 anos já com o esquema vacinal completo e em 85,9% com pelo menos uma dose.
Acredita-se que cerca de 13% da população não tem intenção em ser vacinada por diversos motivos, que variam entre o ceticismo em relação à segurança das vacinas contra a covid-19 ou por motivos religiosos.
O Governo neerlandês já implementou medidas como a limitação da vida social para não vacinados ou infetados com Covid-19, e a obrigatoriedade de testagem para ter acesso à hotelaria, eventos culturais e musicais, ginásios, piscinas ou outros locais públicos.
Mas esta abordagem não parece estar a surtir efeito na redução da pressão hospitalar e do número de infetados.
O executivo está a estudar a aposta numa política "2G", que envolve a emissão de um passe sanitário válido apenas para pessoas com a vacinação completa ou recuperadas da doença.