A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) disponibiliza, a partir desta segunda-feira, um site dedicado ao apoio à vítima durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
A página, criada em cinco línguas, apresenta informações sobre as situações de violência que possam ocorrer, indicações sobre como pedir ajuda e conteúdos sobre prevenção.
Na primeira semana de agosto, período em que se espera centenas de milhares de peregrinos em Lisboa, a organização vai ter uma equipa móvel e três centros de apoio à vítima.
“A lógica aqui é podermos, em caso de uma situação de violência, disponibilizar apoio especializado pelo período que se afigurar necessário”, explica Carla Ferreira, assessora técnica da direção da APAV, associação que em março assinou um protocolo com a Fundação JMJ, para a prevenção de crimes de violência e abuso durante o evento.
“Destina-se a todas as pessoas vítimas de qualquer forma de violência ou de crime. Portanto, é um prolongar do trabalho da APAV no terreno da JMJ”, afirma Carla Ferreira. O objetivo da organização do evento é que tudo corra com “segurança, serenidade e alegria”.
Centros de apoio no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo
Um dos centros vai funcionar na Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII, entre os dias 26 de julho a 6 de agosto. Os outros dois, no Campo da Graça, no Parque Tejo, estarão abertos ininterruptamente entre as 8h00 da manhã de 5 de agosto e as 18h00 de dia 6.
As vítimas poderão também recorrer à linha telefónica da APAV (116 006) que, entre 26 de julho e 7 de agosto, funciona 24 horas por dia, com atendimento em português ou inglês. É possível também pedir ajuda através do email jmj@apav.pt.
Carla Ferreira lembra ainda que os 75 serviços de proximidade da APAV, espalhados pelo país, estão também disponíveis. “Se alguém nos dias das dioceses, ou durante a semana da JMJ, precisar de apoio, pode acioná-lo.”
A assessora técnica acrescenta: “Mesmo depois de as pessoas regressarem aos seus países de origem, este suporte da APAV mantém-se pelo tempo que for necessário”. Ao todo, a APAV terá uma equipa composta por 20 a 25 pessoas dedicada ao evento.
Nas situações mais graves e de maior violência, Carla Ferreira sublinha que a vítima deve ser encaminhada rapidamente para um serviço de urgência para que possa ser observada e se podem recolher indícios contra a pessoa que terá praticado o crime. “É importante também, por muito difícil que seja, que as vítimas não tomem banho, nem troquem de roupa, e que se desloquem rapidamente a um hospital”.
No âmbito do mesmo protocolo entre a APAV e a Fundação JMJ Lisboa 2023, os voluntários que trabalham na sede do evento participaram, em maio, em ações de formação de prevenção. “A ideia foi capacitar as pessoas para que se contactarem com uma vítima saibam o que fazer e o que dizer para que se sintam acolhidas.”