A Ordem dos Médicos sugere um máximo de 10 pessoas na ceia de Natal e considera fundamental que o Governo avance com uma determinação clara.
A Associação das Famílias Numerosas, pela sua secretária-geral Ana Cid Gonçalves, diz que “temos de contar com o bom senso das famílias” e que “nós também estamos a colaborar nesse sentido”. “Há que encontrar soluções que minimizem o risco, mas, acima de tudo, a sociedade civil e os médicos e os responsáveis políticos é importante que eles deem pistas para encontrar as melhores soluções”, sustenta Ana Cid Gonçalves, ao mesmo tempo que reforça a ideia de que devem ser “encontradas para que mesmo não tendo um natal normal, alargado com tios e com primos; se possa permitir acima, de tudo, que as famílias possam estar juntas minimizando os riscos ".
E as famílias numerosas já começaram a pensar em diferentes estratégias para minimizar o aumento dos riscos de contágio na noite de Natal. Uma das opções passa “pela criação de bolhas de quarentena voluntária”. Há também “quem esteja a ponderar fazer vários natais. Ou seja, em vez de juntar a família toda; dividi-la em partes”, e por exemplo, “não juntarem os parentes todos, optando na noite de consoada pelos ascendentes maternos e no dia de Natal pelos ascendentes paternos”. “Seja qual for a estratégia”, Ana Cid Gonçalves entende que a grande preocupação deve ser a de “não deixar os idosos sozinhos”.
Ana Cid Gonçalves sublinha que este tem de ser um Natal diferente de todos os outros, mas lembra que há sempre a possibilidade de se recorrer aos meios tecnológicos e Internet, “podendo-se em alguns casos optar por um Natal por zoom”.
Preocupação particular da Associação, nesta época do ano, é a situação social de muitas famílias numerosas que, por causa da pandemia, passam momentos de grande dificuldade. “Também temos muitas famílias nossas que estão a fazer
cabazes e que estão preocupadas com o especto socia” e “nós na associação sabemos de muitas famílias que vivem dos seus pequenos negócios e que por causa da pandemia estão a passar enormes dificuldades”, revela a secretária-geral da APFN.
Neste contexto, a Associação está a “dinamizar uma campanha; a campanha 100 por cento português” em que “estamos a divulgar junto dos nossos associados, alguns pequenos negócios onde se podem fazer comprar para ajudar essas famílias”. “Se calhar, antes fazíamos tudo em casa para o Natal, mas se calhar agora, temos de pensar em alguns restaurantes que confecionam comida para fora, e também temos de pensar ir lá buscar alguma coisa. Assim também estamos a ser solidários”, conclui