Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros número
O número de óbitos durante a pandemia Covid-19 no Reino Unido subiu para 18.100 após ter sido registada a morte de mais 759 pessoas infetadas nas últimas 24 horas, informou esta quarta-feira o Ministério da Saúde britânico.
O número total de casos de contágio, contabilizado até às 9h00 de hoje, é agora de 133.495, mais 4.451 do que no dia anterior, referiu a mesma fonte. Na terça-feira, tinham sido registadas mais 823 mortes e mais 4.301 novos casos de pessoas infetadas relativamente ao dia anterior.
Os números das mortes são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e referem-se a óbitos registados até às 17h00 da véspera apenas em hospitais.
Na conferência de imprensa diária do governo na terça-feira, o sub-diretor geral da Saúde de Inglaterra, Jonathan Van Tam, disse acreditar que Londres já passou pelo pico de infeções, que terá acontecido antes da Páscoa, mas que outras partes do Reino Unido ainda não. “Em termos do número de pessoas no hospital, houve um pico em Londres, provavelmente à volta de 10 de abril, e desde então tem existido um declínio. Mas as outras regiões, Escócia, País de Gales e Inglaterra, registam um planalto nesta altura”, vincou.
Número elevado de mortes mesmo depois do pico
O Reino Unido vai continuar a registar um grande número de mortes por Covid-19 após ultrapassar o pico da pandemia, que já é visível na região de Londres, avisou hoje o diretor geral da Saúde de Inglaterra, Chris Witty.
Apresentando um gráfico com a média do número de mortes semanal noutros países desde o início da pandemia, apontou para o facto de a curva descer muito lentamente após o pico em países como França, Itália ou Espanha. “Mesmo naqueles países que começaram a curva epidemiológica antes e que ainda estão à frente, a descida depois do ponto de viragem é relativamente lenta e devemos antecipar a mesma situação no Reino Unido, não devemos esperar um queda súbita”, alertou.
Whitty falava na conferência de imprensa diária do Governo sobre a crise, horas depois de o ministro da Saúde, Matt Hancock, ter dito no parlamento que o Reino Unido está no “pico” da pandemia covid-19 e que ainda é cedo para aliviar as medidas de distanciamento social.
De acordo com os dados apresentados por Whitty, o numero de casos de contágio está “estável, com tendência para descer” e o número de pessoas hospitalizadas indica que a situação está a melhorar em Londres e está estável no resto do país. “A curva bastante acentuada que se verificou até ao início deste mês achatou na última semana e meia”, afirmou, a propósito do número de mortos.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.