A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) anunciou esta segunda-feira um "agravamento" do estado de alerta devido ao risco de incêndios.
"Com base nas informações do Instituto do Mar e da Atmosfera, a Proteção Civil decidiu manter e agravar o estado de alerta especial para as próximas horas", disse em conferência de imprensa o adjunto de operações da ANEPC, o comandante Mário Silvestre.
Os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Faro estão em alerta vermelho, o mais grave, até às 23h59 de terça-feira.
Bragança, Viseu, Santarém, Setúbal, Évora e Beja estão em alerta laranja.
Em estado de alerta amarelo ficam Vila Real, Coimbra, Leiria e Lisboa.
A Proteção Civil reforçou meios em função deste “agravamento do estado de alerta”. "Projetámos para a zona Sul do país, para o Algarve, mais uma equipa de análise e uso do fogo da Proteção Civil e um grupo combate de incêndios de Lisboa e Vale do Tejo que está estacionado no Alentejo. Foi feito um reajustamento do dispositivo de meios aéreos dando cobertura nas zonas de maior risco", disse o comandante Mário Silvestre.
Valpaços e Castro Marim, este último com início à 1h00 da manhã, foram os incêndios que motivaram mais preocupações do último dia. A situação em Castro Marim está controlada.
O responsável agradeceu ainda a atuação da GNR e da Polícia Judiciária e anunciou que foram registados 38 crimes de incêndio florestal no último dia, com vários detidos.
"Nas últimas 24 horas, apesar do estado de alerta, foram registados 38 crimes de incêndio florestal, um número bastante anormal e desproporcional para o risco a que o país está sujeito neste momento", referiu o adjunto de operações da Proteção Civil.