Ana Catarina Mendes admite estender a tolerância de ponto concedida em Lisboa a todos os funcionários públicos, de maneira a participarem na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza entre os dias 1 e 6 de agosto.
Em entrevista à Renascença, durante uma emissão especial dedicada à JMJ, a ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares disse que esta solução, aliado ao teletrabalho durante essa semana pode ser “útil”.
“Vamos ver, pode eventualmente ser útil. Estamos a estudar quais são as hipóteses. Temos que pensar que, além dos inscritos, há todos aqueles que gostariam de se juntar às missas de Sua Santidade, o Papa”, disse a governante, com a tutela da preparação da JMJ.
Ao contrário dos autarcas de Lisboa e Loures, Ana Catarina Mendes diz estar “tranquila” com o trabalho que está a ser feito e lembrou que o plano de mobilidade e transportes da jornada é divulgado dia 14 de julho - e o plano de segurança um dia depois.
“Posso assegurar que, da parte do Governo, as coisas estão a ser feitas. Mais do que a apresentação, estou tranquila com o trabalho que está a ser feito por uma empresa que é experiente neste tipo de trabalhos”, disse, mencionando a VTM, empresa que realizou o plano.
A governante deu ainda os exemplos das Jornadas Mundiais da Juventude do Panamá e de Espanha, em Madrid, em que o plano de mobilidade foi divulgado, respetivamente, 10 e 6 dias antes do evento.
Ana Catarina Mendes defendeu que os planos estão a ser articulados com as forças de segurança e as autarquias e que existem reuniões semanais mais técnicas com a empresa.
Não falando sobre questões como o possível fecho do Eixo Norte-Sul, a governante deixou a garantia de que essas questões “estão a ser vistas com quem tem que ser visto” e que, “assim que houver certeza, será comunicado”.
Ainda assim, Ana Catarina Mendes diz que a situação das greves a “preocupa” e que espera que não aconteçam greves. Sobre uma possível intervenção do Governo para evitar greves, disse: “Cada coisa a seu tempo.”
A ministra indicou também que a JMJ será um “bom cartão de visita de tudo o que há de melhor do país”. “A jornada não se cinge a Lisboa. Será o palco para vários eventos, mas esta é a oportunidade para visitar todo o país”, disse.
Sobre a possibilidade do Parque Tejo se poder vir a chamar Parque Papa Francisco, Ana Catarina Mendes disse que deixa “a toponímia para as câmaras municipais”.