Em 1991, Ademar era um dos leões de Faro que ganhou em Alvalade. Miroslav Curcic fez o golo da vitória, aos 67’, para a equipa de Paco Fortes. Foi a última vez que os algarvios conseguiram tal proeza e este fim de semana tentam imitar esse bonito capítulo.
Ainda que se recorde muitíssimo bem dessa proeza – afinal, estava em campo ao lado de gente como Pitico, Miguel Serôdio, Quim Vitorino e, claro, Hajry Redouane –, Ademar prefere as lutas no São Luís. “Aqui no nosso quintal era muito difícil o Sporting jogar…”, lembra à Renascença este também homem que jogou no Sporting entre 1977 e 1983.
O orgulho na voz desde lisboeta, de 64 anos, é imenso.
“A jogar na casa do Sporting, é sempre difícil o Farense ir lá nessas circunstâncias”, confessa a Bola Branca, sobre o clube onde chegou em 1987 e pendurou as botas em 1993. “Eu vi o jogo aqui, em Faro, e o Farense jogou muito bem. O Sporting é favorito. Jogador por jogador, os jogadores do Sporting têm outra qualidade, mas, eh pá, dentro do campo isso fica minimizado. Há grandes possibilidades de o Farense poder tirar ali um pontinho ou qualquer coisa.”
Ademar não acredita em relaxamentos dos leões. Quem luta para estar na frente e ser campeão não relaxa, garante. O jogo da Taça de Portugal, com o Benfica, e o eventual cansaço não vai interferir em nada, sentencia este antigo futebolista.
A baixa de Mattheus Oliveira, o canhoto refinado que é filho de Bebeto, preocupa-o. “Marca bem livres. No jogo aqui em Faro marcou um ou dois golos. Fez um de livre. Chuta forte, faz golos. É sempre preponderante. É uma baixa de peso”, lamenta.
As eventuais ausências de Gonçalo Inácio e Francisco Trincão não terão o mesmo peso que tem a de Mattheus Oliveira, explica ainda este ex-profissional de futebol.
“O Sporting tem um leque de jogadores que pode jogar, tem outras opções, é diferente do que tem o Farense. O Mattheus marca penáltis, livres, quer dizer, é sempre difícil substituir”, reforça.