O primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, reagiu este domingo aos resultados nas eleições regionais na Madeira, afirmando que a "vitória do PSD de Miguel Albuquerque não deixam dúvidas quanto aquela que é a intenção do povo da Madeira e de Porto Santo".
Montenegro afirma que os votos em PSD mostram que o eleitores querem o partido na liderança do Governo do arquipélago, e "que esse Governo seja chefiado por Miguel Albuquerque”.
O primeiro-ministro sublinha ainda "clareza" dos eleitores, que escolheram "duas vezes, no espaço de oito meses, a mesma força política para governar o Governo regional e o mesmo candidato a assumir essa liderança".
O líder social-democrata exprimiu o desejo em gerar "solução que dê governabilidade e estabilidade à região e sobretudo que dê condições para cumprimento da vontade popular".
Montenegro, que falava na sede do partido, em Lisboa, referiu ainda que "aqueles que se apresentam sempre a erguer a sua voz como força da alternativa política e de governo falharam, perderam e perderam de forma copiosa".
Montenegro atira a PS e Chega
"Nem o Partido Socialista nem o Chega têm condições para assumir a liderança do Governo regional", frisou Montenegro.
O primeiro-ministro considera que “é tempo de reclamar o respeito e humildade democrática àqueles que perdem e não chegam os seus objetivos”.
Sobre o futuro, diz que espera "que não se repitam mais eleições, de meio em meio ano" e que "haja condições para os que ganharam possam executar o seu programa”.
Questionado pelos jornalistas sobre a continuidade de Miguel Albuquerque à frente do PSD, de forma a conseguir uma maioria, Montenegro atira que a escolha dos eleitores "é pelo PSD e pelo líder do PSD-Madeira".
"Pedir a alguém que ganhou as eleições que se demita não faz sentido e ninguém compreende isso”, frisa. “Quem ganha deve governar”.
“Independentemente daquela que vier a ser a solução", Luís Montenegro diz esperar "em nome do PSD, que o Governo comece a governar o quanto antes, liderado pelo PSD e Miguel Albuquerque, possa ter todos os instrumentos para executar o seu programa”.
Sobre as declarações de André Ventura, que admitiu um acordo com os social-democratas, mas sem Miguel Albuquerque na equação, Montenegro diz que "não se pode ver alguém que lidera um partido com quatro deputados querer impor a forma como a Região vai ser governada”.
"Isso é o limite de um comportamento de humildade e respeito democrático da vontade das pessoas", atira.
O primeiro-ministro disse ainda que a realidade política do país, atualmente, comtempla "três governos do PSD: um da República, outro na região autónoma dos Açores e outro na Madeira. "Os três não têm maioria absoluta", mas "os três ganharam as eleições e são detentores da legitimidade democrática do povo português”.
“O PS e o Chega falam, falam, falam, mas no fim do dia estão cúmplices e convergentes no bloqueio dos governos que os eleitores, nas várias dimensões, têm escolhido”, argumentou.