A escalada da crise no Médio Oriente, perante o ataque do Irão a Israel será o prato forte no jantar de abertura do Conselho Europeu especial que começa esta quarta-feira em Bruxelas.
Dos líderes europeus aguarda-se um pedido de contenção dirigido a Teerão e a Telavive, para que a situação dramática que se vive em Gaza não se transforme numa guerra com novos intervenientes, e de proporções difíceis de imaginar.
Resta saber se, desta vez, os 27 falam a uma só voz e conseguem aplicar, em conjunto, a palavra “condenação” quando se referirem o ataque do Irão a Israel, com 'drones' e misseis.
É neste contexto que Luís Montenegro - o novo primeiro-ministro português - é recebido hoje em Bruxelas, depois de um início de mandato atribulado.
No espaço de apenas 15 dias, desde a tomada de posse, o novo executivo enfrenta já - entre outras polémicas - um debate de urgência sobre a redução do IRS e as ondas de choque da primeira baixa no Governo, a agora ex-adjunta do ministro das Finanças, que enfrenta a justiça por suspeitas de emitir faturas falsas para a obtenção de fundos europeus.
A dois mil quilómetros de distância, Luís Montenegro vai hoje ser apresentado aos outros 26 e começa – ao início da tarde – por reunir com Charles Michel, o presidente do Conselho. No final, deverá haver uma breve declaração de ambos aos jornalistas.
Depois, a meio da tarde, os líderes europeus seguem para o palácio real, onde vão ser recebidos oficialmente pelo rei dos belgas.
O início do Conselho Europeu fica reservado para as sete da tarde, seis ainda em Lisboa. É a hora marcada para o início do jantar.
A economia e a competitividade ficam para o segundo dia trabalhos. Os 27 vão analisar um relatório sobre o mercado interno, e as melhores estratégias para reforçar a competitividade europeia.