Finanças do Vaticano. Pandemia provoca défice de 49,7 milhões de euros
19-02-2021 - 12:54
 • Aura Miguel

"A manutenção dos postos de trabalho continua a ser uma prioridade para o Santo Padre nestes tempos difíceis", lê-se num comunicado da Santa Sé.

A Santa Sé publicou esta sexta-feira um comunicado onde se refere que o Papa aprovou o Orçamento para 2021, com substanciais disparidades entre receitas e despesas.

“Com receitas totais de 260,4 M € e despesas de 310,1 M €, a Santa Sé espera um défice de € 49,7M em 2021, fortemente influenciado pela crise económica causada pela pandemia de COVID19”, lê-se no comunicado.

“As receitas diminuíram 21% (€ 48M) em comparação com 2019, devido à redução das atividades comerciais, serviços e atividades imobiliárias, bem como doações e contribuições”, esclarece o Vaticano.

“O orçamento também reflete um esforço significativo na contenção de custos, com despesas operacionais - excluindo custos de pessoal, reduzido em 14% (€ 24) em relação a 2019. A manutenção dos postos de trabalho continua a ser uma prioridade para o Santo Padre nestes tempos difíceis.”

Este comunicado salienta o esforço para se “dar maior visibilidade e transparência às transações e balanços financeiros da Santa Sé”, como reiteradamente pede Santo Padre, e revela o lado positivo do Óbolo de São Pedro (donativos aos Papa) que teve receitas de € 47,3M e desembolsos a terceiros beneficiários de € 17M, prevendo-se um saldo líquido de € 30,3M desses fundos.

Se não fosse estas receitas do Óbulo de São Pedro, conclui o comunicado, “o déficit da Santa Sé seria de 80 milhões de euros em 2021".