Greve nos comboios. Nenhum Intercidades ou Alfa circularam
07-12-2018 - 11:03

Os comboios de longo curso e regionais são os que estão a ser mais afetados nesta greve de 24 horas da CP, EMEF e Insfrastruturas de Portugal.

Nem um só Alfa ou Intercidades circulou esta sexta-feira, até ao momento, nas linhas férreas portuguesas. O chamado longo curso simplesmente não existiu ao longo de todo o dia e, no todo nacional, circularam apenas 13 comboios do serviço regional.

Até às 18h00 desta sexta-feira, só se realizaram 38% das ligações de comboio previstas em todo o país, segundo dados avançados pela CP.

Na Grande Lisboa, das 484 ligações previstas, realizaram-se 148 (ou seja, 51%). Na área do Porto, dos 193 comboios previstos, circularam 113, num total de 58%.

O maior principal impacto desta paralisação está a acontecer nas ligações de longo curso, onde ainda não se efetuou até agora qualquer ligação, e nos regionais a situação mantem-se difícil. Apenas 10 ligações foram efetuadas.

A Fertagus, por sua vez, que temia ser afetada pela paralisação, registou uma operação normal até às 18h00, com todos os comboios previstos a serem realizados, avançou fonte oficial à Lusa.

Os trabalhadores da CP, Infraestruturas de Portugal e da EMEF (a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) estão em greve para reivindicar a aplicação dos acordos assinados com o Governo.

CP e Fertagus avisaram, na quinta-feira, que as ligações ferroviárias deveriam sofrer fortes alterações. Da parte do Governo, o ministro das Infraestruturas, Pedro Marques, mostrou-se surpreendido com a decisão do tribunal arbitral de não marcar serviços mínimos.

A Fectrans, uma das estruturas que convocou a greve, mostra-se satisfeita com os níveis de adesão. "Esta é uma greve que abrange seis empresas e de todas chega-nos que há uma forte adesão", diz JOsé Oliveira.

O dirigente sindical diz ainda que "num primeiro balanço, nas Infraestruturas de Portugal temos, na componente ferroviária, encerramento de estações, desguarnecimento de passagens de nível, encerramento de cabines de circulação; na componente não ferroviária os centros regionais das Estradas de Portugal ou estão encerrados ou estão com adesões bastante elevadas; na CP o primeiro balanço é que tudo o que é serviço comercial nas principais estações, isto é, as bilheteiras, estão encerradas e os outros serviços da manhã com fortes perturbações, e na EMEF as oficinas ou estão paralisadas ou a funcionar muito reduzidas, essencialmente com os trabalhadores mais jovens".

[Notícia atualizada às 19h45]