O Papa Francisco confiou a diferentes famílias a redação das meditações da Via-Sacra desta Sexta-feira Santa e a 13.ª Estação foi escrita por duas famílias que vivem a preocupação da guerra, uma da Ucrânia e outra da Rússia.
“A morte em redor. A vida que parece perder valor. Tudo muda em poucos segundos. A existência, os dias, brincar com a neve de inverno, ir buscar os filhos à escola, o trabalho, os abraços, as amizades… tudo. Inesperadamente tudo perde valor”, lê-se na meditação da celebração a que o Papa preside hoje, a partir das 21h15 locais (menos uma em Lisboa), no Coliseu de Roma.
O Papa Francisco confiou as meditações e as orações da Via-Sacra de Sexta-feira Santa a 15 famílias que oferecem as suas perspetivas sobre “a dor que a vida pode trazer e os horrores da guerra”; as famílias vão carregar a Cruz, entre as várias estações.
Na 14ª estação, é evocada outra realidade afetada pela guerra, uma família de migrantes que teria “desejado viver” na sua terra mas, por causa do conflito armado, morreu para “o passado”.
A decisão de convidar diferentes famílias está relacionada com a celebração do ano especial ‘Amoris Laetitia’, que decorre até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma.
Todos os anos, o Papa pede a um autor diferente a redação dos textos de
reflexão apresentados nas estações da Via Sacra de Sexta-feira Santa,
seguida por dezenas de milhares de peregrinos, com velas na mão.