Campo Maior está de luto pela perda de um dos maiores nomes da vila alentejana. "Um bom homem, honesto, trabalhador, que começou do nada e construiu um império muito grande", sublinha o pároco de Campo Maior.
À Renascença, o padre Francisco Bento evoca uma figura muito comprometida com a comunidade e o bem comum: "Foi um homem que sempre fez o bem e sempre ajudou quem precisava".
"Ele tinha sempre um desejo de tentar organizar coisas que dessem trabalho e que pudessem ajudar os outros. Ele é conhecido pelo café, mas tem muitos ramos de atividade em que tinha sempre esta intenção de ajudar, dar trabalho, dar emprego."
"Tudo o que eram causas sociais, ele ajudava", reforça o pároco da vila alentejana.
Já o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, lamentou à Renascença o desaparecimento da "maior referência do município", "o empresário número 1 do nosso país, ou pelo menos a figura de referência do nosso país enquanto empresário".
"É um dia triste para a comunidade campomaiorense, um dia triste para todos. Esta era a sua família, porque a luta dele foi mesmo essa, foi afirmar sempre a partir da sua terra. [Tinha] um amor muito próprio em relação àquilo que era a sua origem."
A Câmara Municipal de Campo Maior já anunciou um período de luto municipal de cinco dias, a contar já a partir deste domingo.
Rui Nabeiro fundou a Delta Cafés em 1961 e foi um dos empresários mais notáveis das últimas décadas em Portugal, com um recurso elogiado e reconhecido no mundo empresarial. Morreu este domingo aos 91 anos, vítima de uma doença respiratória.
As cerimónias fúnebres iniciam esta segunda-feira, pelas 12h00, na Igreja Matriz de Campo Maior. O funeral tem data marcada para terça-feira, 21 de março, igualmente a partir das 12h00. Posteriormente, haverá lugar a um cortejo fúnebre até ao Cemitério Municipal de Campo Maior.