Os migrantes que desembarcaram na Ilha do Farol, no Algarve, vão ficar detidos até à conclusão do processo, segundo apurou a Renascença junto das autoridades.
Durante a manhã desta quinta-feira, os 21 migrantes foram ouvidos no Tribunal de Faro.
O grupo vai permanecer numa ala especial do estabelecimento prisional do Linhó, em Cascais, até que todos os trâmites legais do processo estejam concluídos.
Esta detenção poderá prolongar-se por um máximo de 60 dias.
Um grupo de 21 migrantes, aparentemente marroquinos, segundo as autoridades, foi intercetado já no areal da Ilha do Farol, pelas 19:45 de terça-feira, tendo pernoitado num pavilhão em Olhão.
Os resultados dos testes de despiste à covid-19 realizados aos 21 migrantes foram todos negativos.
O Algarve tem sido procurado por migrantes ilegais como porta de entrada para a Europa, tendência que se tem acentuado no últimos meses. Desde dezembro, já foram intercetados 69 migrantes oriundos do norte de África na região.
Nos últimos oito meses foram intercetados a desembarcar ilegalmente no Algarve 69 migrantes provenientes do norte de África, com o último caso registado ao fim da tarde de terça-feira, na Ilha do Farol, concelho de Faro.
A diretora nacional do SEF afirmou, na quarta-feira, que é “inegável” a sucessão de desembarques de migrantes marroquinos na costa algarvia, com o último a acontecer terça-feira, mas considerou “prematuro” falar da existência de uma rota de imigração ilegal.