A Amnistia Internacional considera que o julgamento dos activistas angolanos é de "faz-de-conta", pede a sua anulação e apela a Portugal para que "encoraje Angola a fazer justiça".
Em comunicado, a Amnistia Internacional "apela desde o início para que seja anulado e os activistas libertados imediata e incondicionalmente, uma vez que estão detidos pelo simples exercício dos seus direitos de liberdade de reunião e de expressão. Não deveriam nunca ter sido sequer detidos", refere a Amnistia Internacional.
A leitura da sentença dos 15 prisioneiros de consciência e de mais duas activistas está prevista para a próxima segunda-feira.
Um dos activistas, Nuno Dala, está em greve de fome há 15 dias.
A Amnistia Internacional "solicita uma vez mais a Portugal que tenha uma palavra a dizer e que encoraje Angola a fazer justiça, no contexto das relações diplomáticas entre os dois países, que partilham projectos de cooperação bilateral na área da Justiça".
Na segunda-feira, acrescenta o comunicado, a Amnistia Internacional vai juntar-se à LAPA -- Liberdade aos Activistas Presos em Angola, que vai fazer a partir das 18h00 uma concentração no Rossio, em Lisboa.
A Amnistia Internacional tem também uma petição dirigida ao ministro da Justiça e ao Procurador-geral angolanos a pedir a libertação imediata dos activistas, que já recolheu 41 mil assinaturas.