A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) estima que o protesto em curso nos portos portugueses poderá ter “um impacto no comércio internacional de cerca de 100 a 150 milhões de euros por dia no país”.
Esta sexta-feira cumpre-se mais um dia de paralisação dos trabalhadores das administrações portuárias. Um protesto que começou a 22 de dezembro e vai prolongar-se até ao final de janeiro, em dias alternados.
Em comunicado, a APAT apela a um “entendimento o mais rapidamente possível”, pois “além dos prejuízos causados diretamente às empresas e às pessoas, causa igualmente prejuízos à imagem de Portugal e dos portos portugueses”.
AIP alerta: greve afeta produção nacional
Depois da Associação Empresarial de Portugal e da Federação das Indústrias Agroalimentares, agora o aviso chega também da Associação Industrial Portuguesa.
Os empresários sublinham que, para já, o protesto faz-se sentir “de forma mais aguda e grave em alguns setores, como é o caso do agroalimentar, e em determinados mercados (EUA, Angola, Ásia).
No entanto, “a persistência desta paralisação acabará por afetar todo o setor produtivo nacional”, avisam.
Esta greve está a paralisar os portos nacionais e a “provocar sérios prejuízos nos carregadores (exportadores/importadores) nacionais e nos armadores, acrescenta o comunicado.
A Associação compreende que o governo está limitado nas negociações ao despacho que condiciona o aumento da massa salarial no setor empresarial do Estado, a 5,1%.
Ainda assim, pede a abertura imediata das negociações entre a tutela, o ministério das infraestruturas, e o sindicato.
A AIP pede ainda o alargamento dos serviços mínimos à descarga de bens alimentares essenciais e que seja equacionada a requisição civil, se persistir o conflito. Medidas já apresentadas pela Federação das Indústrias Agroalimentares.