Fundação AIS apela à generosidade dos portugueses na ajuda ao Médio Oriente
18-11-2020 - 15:01
 • Olímpia Mairos

Síria, Iraque e Líbano têm sido palco de guerras, perseguição e violência contra os cristãos. “São terras bíblicas que têm vindo a assistir ao êxodo permanente da comunidade cristã. Os últimos anos têm acentuado os sinais de perigo”, denuncia a AIS.

A Fundação Ajuda À Igreja que Sofre (AIS) está a lançar um apelo aos portugueses no sentido de ajudarem a instituição na Síria, Iraque e Líbano, no apoio às famílias que lutam pela sobrevivência no dia-a-dia.

Segundo a AIS, o Líbano enfrenta uma das mais profundas crises económicas da sua história, o que se reflete também na vizinha Síria, ainda flagelada com as consequências da guerra e das sanções impostas ao regime de Damasco.

Já o Iraque não consegue ainda a estabilidade necessária para que as famílias cristãs possam regressar a suas casas, na Planície de Nínive, de onde foram expulsas pelos jihadistas, no verão de 2014.

“A Fundação AIS está profundamente empenhada no auxílio à Igreja, para que o Médio Oriente não se esvazie da presença dos cristãos”, afirma a fundação pontifícia, em comunicado.

É neste contexto que apela a que neste mês de novembro, os portugueses ajudem a Igreja que Sofre, nestes três países, “apoiando as famílias que lutam pela sobrevivência no dia-a-dia”.

“Isso significa, por exemplo, a distribuição de refeições quentes no Líbano e a reconstrução de um jardim-de-infância das irmãs do Convento de Santa Oraha, em Batnaya, no Iraque”, concretiza.

A Fundação AIS dá conta de vários projetos que “precisam da solidariedade dos benfeitores e amigos” em Portugal e detalha que a solidariedade pode “materializar-se na compra de sacos de cimento para a reabilitação do jardim-de infância em Batnaya, destruído pelas bombas assassinas dos jihadistas do Daesh, ou no apoio às famílias cristãs em Homs, Damasco, Lataquia e Alepo, na Síria”.

No Líbano, além da “ajuda alimentar para as famílias que caíram na pobreza mais absoluta, com a crise brutal do sistema financeiro que está a abalar o país”, a Fundação AIS pretende ainda apoiar a reconstrução de alguns dos edifícios da Igreja que ficaram destruídos ou profundamente danificados com a explosão que abalou o porto de Beirute no dia 4 de Agosto.

“É o caso, por exemplo, da Igreja do Hospital das Irmãs do Rosário. Também aqui, a solidariedade dos portugueses pode materializar-se na compra de tijolos, sacos de cimento ou alimentos”, lê-se no comunicado.

De acordo com a diretora da Fundação AIS em Portugal, “a ajuda às famílias cristãs do Médio Oriente é essencial”.

“Agora que estamos a aproximar-nos do Natal, peço a todos os portugueses que apoiem esta campanha de ajuda de emergência”, implora Catarina Martins de Bettencourt.

Recordando que “no Líbano, na Síria e no Iraque, as famílias cristãs lutam todos os dias pela sobrevivência”, a diretora da Fundação AIS em Portugal frisa que, “por mais pequena que possa ser a nossa ajuda, fará toda a diferença para quem perdeu tudo o que tinha, para quem já procura comida nos caixotes do lixo, como acontece no Líbano, ou para quem ainda desespera, sem saber quando pode voltar a casa, depois da tragédia que foi a guerra e a violência jihadista na Síria ou no Iraque”.