O presidente da Câmara de Lisboa critica o que diz ser "show off” e “folclore” do PS com as medidas que o Governo vai anunciar para mitigar os efeitos da inflação, no início da próxima semana.
O antigo comissário europeu foi recebido entre muitos aplausos pelas várias mesas compostas por alunos da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.
Moedas diz estar “curioso” pelo pacote de medidas, e antevê que o Governo aconselhe, por exemplo, a que “as lojas devem apagar as suas luzes” para poupar energia. Se for esse o caso, o presidente da Câmara de Lisboa considera que se tratam de políticas “populares”, mas que não são “estruturais”.
Mas a classificação escolhida não se aplica apenas às medidas imediatas. Para Moedas, trata-se da forma de fazer política do PS “cujo propósito é ter o poder pelo poder” e que toma medidas de “show off”, em oposição ao PSD, que segundo o antigo comissário europeu, é o “partido do trabalho”.
O autarca de Lisboa foi o convidado do penúltimo jantar da Universidade de Verão do PSD, que acontece até domingo em Castelo de Vide. Carlos Moedas apostou no ataque ao Partido Socialista no âmbito nacional e no contexto da Câmara Municipal, onde voltou a falar na “estratégia de desgaste” do PS na governação da autarquia.
“Vejam aquilo que eu vivo em Lisboa tudo bem, com um PS que a única coisa que faz é encontrar um caso ou um casinho. Tentar encontrar maneiras para destruir aquilo que é a função do presidente da Câmara. Não há nenhum interesse em mudar a vida das pessoas”, dispara Carlos Moedas.
As comparações foram constantes e o autarca lisboeta acredita que, na política climática, “o PS só oferece medidas para agradar a ativistas do Bloco de Esquerda”.
As críticas à esquerda acontecem na rentrée na Câmara de Lisboa, onde Carlos Moedas governa em minoria há cerca de um ano, e onde se tem vindo a queixar de uma estratégia de desgaste premeditado por parte da oposição.
Os jovens, compreendidos entre os 16 e os 30 anos colocaram várias perguntas ao autarca lisboeta.
Problemas como o preço das habitações, os baixos rendimentos dos jovens ou a descentralização passaram pelo microfone.